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Arquitetos: DGN studio
- Área: 157 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Nick Dearden
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Fabricantes: Dean Edmonds, Diespeker & Co, Dinesen, Duravit, Farrow and Ball, Gessi, Plaster Collective, Steyson, Vola
Descrição enviada pela equipe de projeto. Com a tarefa de criar espaços versáteis adequados para relaxamento, entretenimento e hospedagem de jantares íntimos e noites artísticas, o DGN Studio transformou um escuro terraço vitoriano geminado, em uma casa serena, com inspiração brutalista, no leste de Londres.
Os clientes, um jovem casal, inicialmente contrataram o DGN Studio para reformar sua escura cozinha face norte, em uma área social destinada para eventos e reuniões, além de reorganizar o banheiro do pavimento superior. No entanto, o briefing rapidamente evoluiu, com a inclusão de uma leve reforma no pavimento superior, já que o casal se interessava pelo olho excepcional dos arquitetos para definição de materiais naturais e planejamento espacial inteligente.
Ao eliminar o arranjo vitoriano típico de pequenas salas segmentadas, o DGN Studio optou por uma planta funcional, que flui tanto física quanto visualmente. Aberturas paralelas graduais conectam os ambientes e oferecem amplas vistas, desde a entrada, sala de estar até o jardim dos fundos.
Os pisos de madeira Dinesen e os ladrilhos de granilite atraem os visitantes para a cozinha, onde o amor dos clientes pelo concreto é celebrado. Bancos de concreto extensos e baixos nascem a partir do piso de concreto, de forma a configurar o perímetro da cozinha e da sala de jantar, funcionando como assentos polivalentes, palco ou até bancadas de suporte. A bancada de concreto da cozinha flutua sobre os armários enfumaçados da 'Railings' Farrow & Ball, se unindo ao microcimento das paredes superiores. Uma porta escondida leva ao porão, onde está localizada a área de serviço, de forma a manter a desordem fora de vista.
O peso do concreto é equilibrado pelo uso da marcenaria de carvalho macio, além de uma grande claraboia acima da ilha da cozinha. As janelas guilhotina de carvalho atraem a luz, em um aceno aos vidros tradicionais dos terraços da era vitoriana, que estendem a cozinha para a paisagem arborizada do entorno.
Desafiado pelo opressivo pé direito existente da cozinha, o DGN Studio abaixou o nível do piso em meio metro e optou por uma estrutura de forro de madeira para dar à nova extensão uma melhor condição de luz e altura possíveis. O nível do piso rebaixado é representado estruturalmente por uma travessa de concreto, da qual três colunas de concreto sobem para apoiar uma estrutura de aço em forma de T que, por sua vez, suporta o nível superior da casa.
A estrutura interna de concreto se estende até o jardim, onde as paredes de contenção, rodapés e degraus de concreto formam bancos e assentos informais.
No pavimento superior, o DGN Studio criou uma composição mais leve, removendo o revestimento de uma chaminé desativada e reorganizando o banheiro, em um espaço privativo funcional e bem iluminado. A janela deste ambiente, antes faceava o vizinho, e foi alterada com a adição de uma claraboia sobre a banheira, para reintroduzir luz e privacidade para os clientes e vizinhos.
Os arquitetos brincaram com a profundidade e funcionalidade do estreito lote urbano. Os bancos de concreto internos também são utilizados do lado de fora; as janelas guilhotina perfuram as formas longas e baixas de concreto, criando assentos intermitentes ao longo da lateral e do pátio posterior.